DOR NA REGIÃO TEMPOROMANDIBULAR E TEMPORAL - ENXAQUECA OU DOR ODONTOLÓGICA?
Frequentemente em nossa clínica os pacientes relatam,
durante as consultas, sobre enxaqueca ou dores de cabeça constantes.
E não é nenhuma surpresa para mim quando após uma boa anamnese e
realizado o exame clínico, nos deparamos com um paciente que tem dores de cabeça
e ATM por causa de algum problema odontológico.
Bem, mas qual o papel da odontologia, e qual sua
responsabilidade neste problema?
A dor de cabeça do paciente pode estar ligada à hábitos de
bruxismo ou apertamento dental.
Quando o paciente apresenta esta parafunção, o quadro se
assemelha muito à enxaqueca, mas uma análise minuciosa nos ajuda a fechar o
diagnóstico correto.
Fotofobia normalmente não acompanha bruxismo, o que já é
freqüente em enxaqueca.
Bruxismo pode vir acompanhado de “cansaço“ na boca e dor nos
dentes.
Outro sinal que pode ser observado é o desgaste da
superfície dentária e até desgaste do côndilo da articulação temporomandibular
(ATM).
Até pouco tempo atrás, o único tratamento realizado era o
ajuste oclusal, uso de mio relaxantes e ainda placa de mordida.
Mas a placa de mordida não paralisa o hábito do bruxismo, só
não permite o desgaste deles.
Entretanto, nos últimos anos, utilizamos mais um auxílio
pode ser utilizado para colaborar no tratamento: A Toxina Botulínica
Mas qual a Ação da Toxina?
Ela ajuda na desprogramação de uma memória muscular que leva
ao “vicio” e condicionamento de realizar sempre o mesmo movimento de
apertamento.
Ao perder a memória muscular o paciente interrompe o hábito
de ranger dentes.
Pelo menos por um Período médio de 6 meses.
As dores de cabeça podem ainda ser relacionadas a quadros de
pulpite, abcesso periodontal, fratura dental, entre outros problemas odontológicos,
mas na maioria desses casos as dores são localizadas ou agudas.
Diferentes
destes casos, nas situações de bruxismo a dor é crônica, de longos períodos de
duração, onde o paciente apresenta distúrbio do sono, não relaxa ao dormir.
O tratamento do paciente é libertador para ele,
principalmente porque o ser humano é extremamente adaptável e aprende a
conviver com a dor, não conseguindo quantificar e qualificar os males com os
quais convive.
Cuide de seu sorriso
Christian Wehba
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